segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Um desses rencontros casuais

- Oi! Nossa, quanto tempo.
- É verdade, bastante tempo!
- Como você cresceu.
- Você também!
- O tempo passa rápido demais. Ontem eu tava vendo aquela foto nossa, aquela de quando éramos bebês chorões que chupavam chupeta e dormiam quase o dia todo e ai eu lembrei daquelas tardes que a gente brincava de correr ao redor da casa e de quando você comeu pão com margarina e nescau e eu fiquei com nojo na hora mas cheguei em casa morta de vontade de comer também, porque a sua expressão era de que aquilo era a melhor comida do mundo. E hoje quando você entrou por aquela porta e me olhou com uma cara de "não fui só eu que cresci" e eu te olhei com a mesma cara só que com vergonha por estar de avental, nós nos abraçamos e eu fechei o olho e lembrei da gente correndo e depois eu crescendo sem saber mais como você estava. Fiquei com medo de te encontrar na rua e não te reconhecer, porque devo dizer que você tá diferente, tá mais alto, mais cabeludo, mais bonito, mas eu não tô falando só de mudança física, você tá mais legal, mais engraçado, mais sei lá o que. Você tá diferente, mas um diferente pra melhor, um diferente que vem de menino pra homem, um diferente bom.

Um comentário:

Nicole Freixo disse...

que lindo, helen *-*
é muito bom quando a gente reencontra alguém assim depois de tanto tempo.
parece mesmo que todas as lembranças são jogadas de volta pro presente.

adorei :*